Subscrição de CoffeeLetters

O consumo de café na China, cujo mercado é estimado atualmente em mais de US$ 1 bilhão ao ano, passou de 1,1 milhão de sacas em 2011/2012 para 3,2 milhões de sacas em 2016/2017, ou seja, praticamente triplicou nos últimos seis anos. Esse aumento expressivo do consumo de café na China, país que possui mais de 18% da população mundial, é atribuído a mudanças nos hábitos de consumo da população, em função da urbanização, aumento do número de membros da classe média e melhoria no poder aquisitivo da população.
Nesse contexto, o café solúvel aromatizado é o preferido dos chineses, pois 90% das vendas na grande distribuição de café no país são de bebidas ‘3 em 1’, compostas por café, açúcar e creme. Esses dados e análises da performance do consumo de café na China foram destacados pelo Bureau de Inteligência Competitiva do Café, da Universidade Federal de Lavras – UFLA, no Relatório Internacional de Tendências do Café (VOL.6/Nº08/ 30 SETEMBRO 2017), com base em dados da Organização Internacional do Café – OIC e Departamento de Agricultura dos Estados Unidos – USDA.
O Bureau da UFLA também destacou que o consumo de café no Reino Unido deverá ultrapassar o de chá preto até 2021. Tradicionalmente, o Reino Unido é um grande consumidor de chá, mas, no entanto, o seu consumo diminuiu de 1,9kg por habitante em 2002 para 1,4kg em 2016, em contraponto com o aumento expressivo das vendas de café. Nesse caso, a mudança de hábito de consumo é atribuída principalmente aos jovens, que utilizam os espaços das cafetarias como ponto de encontro e socialização, comportamento considerado moderno e contemporâneo.
Em relação ao Brasil, o Relatório Internacional de Tendências do Café, que está disponível na íntegra no Observatório do Café, do Consórcio Pesquisa Café coordenado pela Embrapa Café, também analisa o aumento da procura por cafés certificados, tanto por Indicação de Procedência (IP) como por Denominação de Origem (DO). Segundo o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços – MDIC, a indicação de procedência “refere-se ao nome do local que se tornou conhecido por produzir, extrair ou fabricar determinado produto ou prestar determinado serviço”.
Enquanto que a denominação de origem “refere-se ao nome do local, que passou a designar produtos ou serviços, cujas qualidades ou característica podem ser atribuídas à sua origem geográfica”.
Fonte: Revista Cafeicultura